O Plenário da Casa de Leis aprovou em segunda discussão e votação, o projeto de Resolução nº 07/2017 que altera para as quartas-feiras, às 14h, a realização das Sessões Ordinárias da Câmara Municipal de Arujá. Foram nove votos favoráveis, cinco contrários e uma abstenção. Ainda que tenha gerado debate, a proposta já havia sido aprovada pela maioria dos parlamentares em Sessão Extraordinária realizada na última sexta-feira (15/12). A medida, que altera o caput do artigo 99 do Regimento Interno, entra em vigor a partir de 2018.
Quem se posicionou contrário a mudança apresentou como principal argumento o fato de a alteração restringir a participação popular, principalmente, dos trabalhadores. “É um grande equívoco, pois a Casa se desconecta da população”, afirmou Renato Bispo Caroba (PT). Ele foi autor da emenda (nº 25/17), apreciada e votada no dia 15/12, que transferia a sessão para terça-feira, mas a mantinha no horário noturno.
Presidente do Legislativo, o vereador Abel Franco Larini (PR), o Abelzinho, garantiu que o trabalho no período da tarde possibilitará sim maior interação com os arujaenses. “Há um intenso fluxo de pessoas na Câmara durante o dia. Agora, elas terão a oportunidade de assistir as sessões. Não queremos afastar ninguém da Casa e temos convicção de que iremos gerar economia para o município”.
O vereador Sebastião Vieira de Lira (PSDC), o Paraíba Car, fechou posição favorável à manutenção do horário. “Nada justifica a mudança e não é verdade que ampliaremos o número de pessoas. Entendo que estamos no Parlamento, ou seja, se ganha ou se perde no voto. No entanto, o Legislativo é a caixa de ressonância do povo. Não podemos ter medo de enfrentar a pressão popular”.
“Devemos gastar o dinheiro público com responsabilidade”, disse Reynaldo Gregório Junior (PTB), o Reynaldinho. Segundo ele, o avanço tecnológico torna dispensável a presença física. “Hoje a pessoa pode assistir a sessão de onde ela quiser. Não precisa estar aqui. Antes era tudo no papel, agora temos a internet que possibilita aos interessados acompanhar o nosso trabalho”.
Ponderado, Luiz Fernando Alves de Almeida (PSDB), o Luiz Fernando se posicionou pela manutenção do horário às 18h. No entanto, foi realista. “Não acredito que teremos maior participação à tarde. Mas o fato é que também não há no horário noturno. Espero que os colegas tenham coerência e a população também faça o discernimento no momento em que terá de nos julgar”. Ele insistiu para que o Presidente implemente projetos como a Câmara nos Bairros e o Parlamento Mirim como formas alternativas de aproximar o Legislativo dos cidadãos.
A vereadora Cristiane Araújo Pedro (PSD), a Profª Cris do Barreto, concorda com a realização das sessões no período vespertino. “Quando o assunto é relevante, temos público, independentemente, do horário. Há uma grande rotatividade de pessoas na Casa durante o expediente e como mulher acredito que com a mudança donas de casa poderão participar da Sessão pois à noite, normalmente, elas precisam aguardar o marido chegar, fazer comida e mandar os filhos à escola”, justificou.
Líder do Governo na Casa, Edvaldo de Oliveira Paula (PSC), o Castelo Alemão, fechou posição contrária à alteração. Para ele, a proposta inibe o vereador de exercer outra atividade. “O que mais ouvi na rua é que vereador não é emprego. E esta medida reforça esta lógica, pois não haverá possibilidade de a pessoa ter uma atividade profissional”, explicou.
Edimar do Rosário (PRB), o Pastor Edimar de Jesus, disse que a falta de segurança é um dos fatores que impedem a participação à noite. Ele votou a favor da mudança. Rogério Gonçalves Pereira (PSD), o Rogério da Padaria, se alinhou a quem defendia a sessão noturna assim como Paulo Henrique Maiolino (PSB), o Paulinho Maiolino.
Também votaram favoráveis ao projeto os vereadores Gabriel dos Santos (PSD), Edval Barbosa Paz (PSDB), o Profº Edval, Ana Cristina Poli (PR), Ana Poli, Marcelo José Oliveira (PRB), o Dr. Marcelo Oliveira, e Rafael Santos Laranjeira (PSB), Rafael Laranjeira.